João de Alarcão Velasquez Sarmento Osório
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/ACP/14ª GERAÇÃO-A-E/001/0035
Tipo de título
Atribuído
Título
João de Alarcão Velasquez Sarmento Osório
Datas de produção
1909
a
1920-01-21
Dimensão e suporte
7 doc.; papel.
História administrativa/biográfica/familiar
Nasceu em Espinhal, Penela 5-11-1854 e faleceu em Montemor-o-Velho a 11-9-1918. Filho de José de Alarcão Sarmento Correia da Fonseca Andrade e Vasconcelos e Maria do Ó Osório Cabral Pereira Forjaz e Meneses. Marido de Maria Da Conceição de Alarcão Velasques Sarmento Osório. Irmão de Duarte de Alarcão Velasques Sarmento Osório; Maria da Conceição Alarcão Velasques Sarmento Osório e Luís de Alarcão Velasques Sarmento Osório.Conhecido por João de Alarcão, foi um aristocrata, magistrado e político ligado ao Partido Progressista que, entre outras funções, foi governador civil de vários distritos, deputado, par do reino, reitor da Universidade de Coimbra (1907), Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (1905), Ministro da Justiça (1908-1909), Ministro dos Negócios Estrangeiros (1909) e Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Em 1910 foi um dos envolvidos no escândalo da falência do Crédito Predial Português. Dedicou-se à genealogia e foi jornalista do Correio da Noite.Foi bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra (1871-1876), instituição de que foi reitor em 1907. Terminado o curso, dedicou-se à atividade político-partidária e ao funcionarismo público superior.Foi ajudante do Procurador da Coroa (1890). Membro do Partido Progressista, foi deputado pelos círculos eleitorais da Guarda, Funchal e Coimbra e par do reino (1898).Foi Governador civil dos distritos da Guarda (1886), Funchal (1885-1890), Coimbra, Guarda e Lisboa (1898-1900 e 1905). Genealogista e jornalista do Correio da Noite.Foi Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (26 de Abril a 27 de Dezembro de 1905), no governo de José Luciano de Castro. Nestas funções, por Decreto de 3 de Novembro de 1905, instituiu o ensino superior de indústria, percursor do atual ensino superior politécnico. Quando o extremar de posições entre o governo de João Franco e os estudantes da Universidade de Coimbra conduziu a um impasse durante a Crise Académica de 1907, o governo decidiu aceitar a demissão do reitor António dos Santos Viegas e, por decreto com data de 18 de Abril de 1907, nomear para o cargo João de Alarcão, ao tempo considerado uma figura muito próxima de João Franco. Em resultado da sua sua ação apaziguadora, foram promulgados o Decreto de 22 de Maio de 1907 e o Decreto de 26 de Agosto de 1907, diplomas que permitiram a reabertura das aulas, a realização de exames de fim de ano e a comutação das penas disciplinares de expulsão decretadas pelo Conselho de Decanos. Controlada a crise, foi exonerado do cargo de reitor, a seu expresso pedido, em Novembro de 1907. Foi diplomata no reinado de D. Manuel II (1908). Foi Ministro da Justiça (26 de Dezembro de 1908 a 11 de Abril de 1909), no governo de Campos Henriques. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (11 de Abril a 14 de Maio de 1909), no governo de Sebastião Teles. Magistrado, foi conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. A 4 de Junho de 1910 foi revelado que era um dos envolvidos no escândalo da falência do Crédito Predial Português. Faleceu em Montemor-o-Velho a 12 de Setembro de 1918, tendo o seu funeral sido realizado no dia seguinte, com grande solenidade, com o corpo velado com o grande uniforme de Conselheiro de Estado e o seu bicórnio e espadim transportados atrás do ataúde por um amigo íntimo da família Alarcão.Fonte: Wikipédia; Geni.