Júlio de Matos
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/ACP/14ª GERAÇÃO-A-C/001/0006
Tipo de título
Atribuído
Título
Júlio de Matos
Datas de produção
1884-10-27
a
1884-10-27
Dimensão e suporte
1 doc.; papel.
História administrativa/biográfica/familiar
Júlio Xavier de Matos nasceu no Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1856 e faleceu em Lisboa, 12 de abril de 1922. Filho de um advogado da cidade do Porto, Joaquim Marcelino de Matos e de Rita Xavier de Oliveira Barros, Júlio de Matos era irmão de Maria do Carmo Xavier, mulher do Presidente da República Teófilo Braga. Casou com Júlia Carlota de Araújo Ramos. Licenciou-se em Medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, em 1880. Foi professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina do Porto e Diretor do Hospital Conde Ferreira da mesma cidade até 1911, data em que se transferiu para Lisboa. Depois do assassinato de Miguel Bombarda, Júlio de Matos é chamado a Lisboa, onde conhece Salgado de Araújo, empresário que já havia sido paciente no Hospital Miguel Bombarda. Salgado doa o dinheiro necessário à construção de um novo hospital psiquiátrico, ambição que Júlio já tinha. Assim, em 1913, iniciam-se as obras do Novo Manicómio de Lisboa, e Júlio de Matos muda-se definitivamente para Lisboa. Na capital portuguesa, além de ter dirigido o Hospital Miguel Bombarda de 1911 a 1922, foi ainda Professor da cadeira de Clínica Psiquiátrica na Faculdade de Medicina e Professor de Psiquiatria Forense no curso superior de Medicina Legal de Lisboa.A sua morte em 1922 não lhe permite observar o fim da construção do Novo Manicómio, cujas obras apenas serão concluídas em 1942. O Hospital receberá o nome de Hospital Júlio de Matos. Notável psiquiatra e um dos mais importantes reformadores do ensino da Psiquiatria em Portugal, Júlio de Matos distinguiu-se no âmbito do alienismo e da psiquiatria forense. Entusiasta das correntes positivistas comteanas, fundou, conjuntamente com Miguel Artur e Ricardo Jorge, a revista O Positivismo de que foi um dos diretores. Foi ainda Membro do Conselho Médico-Legal e da Societé Medico-Psychologique de Paris e sócio da Academia das Ciências de Lisboa. Colaborou na revista Renascença (1878-1879?), Ribaltas e Gambiarras (1881) e também nas revistas Era Nova (1880-1881) e Revista de Estudos Livres (1883-1886), ambas dirigidas por Teófilo Braga, e ainda em A semana de Lisboa (1893-1895).Fonte: Wikipédia.