José Maria de Alpoim
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/ACP/14ª GERAÇÃO-A-E/001/0019
Tipo de título
Atribuído
Título
José Maria de Alpoim
Datas de produção
1891-05-13
a
1916
Dimensão e suporte
61 doc.; papel.
História administrativa/biográfica/familiar
José Maria de Alpoim nasceu na Casa da Rede, Santa Cristina, a 2 de Junho de 1858, filho primogénito de Francisco Borges Cerqueira de Alpoim Cabral, bacharel formado em direito, moço-fidalgo da Casa Real e Senhor da Casa da Rede, e de sua mulher, Amância Dulce Samora de Quevedo e Alpoim.Em 1878, com apenas vinte anos, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, passando a exercer as funções de administrador dos concelhos de Mesão Frio e de Lamego, sendo o mais jovem administrador de concelho de que há memória.Membro do Partido Progressista desde 1879 e adepto de Mariano Cirilo de Carvalho, sendo depois considerado o delfim de José Luciano de Castro, tendo disputado a direcção dos progressistas com Francisco António da Veiga Beirão. Foi uma das figuras mais controversas e importantes daquele Partido, ao lado de Moreira de Almeida, António Centeno, Queirós Ribeiro e do visconde da Ribeira Brava.Deputado, Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima e Par do Reino, foi Ministro da Justiça nos governos de José Luciano de Castro de 18 de Agosto de 1898 a 26 de Junho de 1900 e de 20 de Outubro de 1904 e 11 de Maio de 1905. Nesse último período, desenvolveu uma notável política reformista, preparando o Código das Falências, a Assistência Judiciária e a reforma dos Serviços Médico-Legais. Contudo, devido a uma disputa que se desenvolveu em torno da questão do monopólio dos tabacos, atacou, abertamente, as medidas com que o ministro da Fazenda, Manuel Afonso de Espregueira, pretendia solucionar aquela importante questão financeira, tendo abandonado o Governo em consequência da quebra de coesão.A 19 de Dezembro de 1904 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (Diário do Governo, n.º 292, 27 de Dezembro de 1904).A sua saída do Governo levou à cisão do Partido Progressista e, acompanhado por outras importantes figuras prestigiosas da monarquia, constituiu uma nova facção política denominada Dissidência Progressista, a qual sob a sua direcção derivou lentamente para o campo republicano.Na sequência do golpe falhado de 28 de Janeiro de 1908, do Regicídio e depois de se ter refugiado em casa do político regenerador António Teixeira de Sousa, exilou-se para Salamanca. Regressou pouco depois ao país, graças à amnistia concedida pelo governo da acalmação presidido pelo almirante Francisco Ferreira do Amaral.Quando se implantou a República, dissolveu-se a Dissidência Progressista e José de Alpoim aderiu ao novo regime, passando de Procurador Geral da Coroa a adjunto do Procurador Geral da República, mas foi inicialmente votado ao ostracismo político.Considerado um "revolucionário profissional" a quem é atribuído o dito: "eu quero e desejo o poder pelo poder; nada mais", terminou a vida activa como delegado do governo na Companhia do Niassa. Nessa fase, afirmava-se afastado da política, mas os seus amigos verificavam que só ela o interessava.Além de orador fluente e espontâneo, foi um dos mais brilhantes jornalistas do seu tempo (as suas crónicas em O Primeiro de Janeiro são notáveis), sendo um dos fundadores do Correio Português, dirigiu O Dia e colaborou assiduamente no Correio da Noite, Novidades, O Repórter e outros jornais.Casou com Dona Maria do Carmo de Tovar Pereira Coutinho de Vilhena e Menezes, de cujo casamento nasceram Bernardo de Alpoim e Egas de Alpoim, ambos notáveis oficiais de Marinha que faleceram solteiros e sem geração.Faleceu em Lisboa a 15 de Dezembro de 1916, tendo sido, até aos seus últimos momentos, um vigoroso adversário da participação de Portugal na Grande Guerra.Fonte: Wikipédia.
Condições de acesso
Comunicável, sem restrições legais.
Condições de reprodução
A reprodução de documentos encontra-se sujeita a algumas restrições tendo em conta o tipo dos documentos, o seu estado de conservação, o fim a que se destina a reprodução.
Cota descritiva
CP
Idioma e escrita
Português