Luís Maria Pinto de Soveral

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Luís Maria Pinto de Soveral

Detalhes do registo

Nível de descrição

Unidade de instalação   Unidade de instalação

Código de referência

PT/MVNF/AMAS/ACP/14ª GERAÇÃO-A-D/001/0023

Tipo de título

Atribuído

Título

Luís Maria Pinto de Soveral

Datas de produção

1891-03-27  a  1892-02-15 

Dimensão e suporte

5 doc.; papel.

História administrativa/biográfica/familiar

Luís Maria Pinto de Soveral, 1º Marquês de Soveral. Nasceu em S. João da Pesqueira a 28-5-1851e faleceu em Paris a 5-10-1922.Filho de Eduardo Pinto de Soveral, visconde de São Luís, e de Maria da Piedade Pais de Sande e Castro. Era sobrinho de Luís Augusto Pinto de Soveral, visconde de Soveral. Nascido em 1851 em São João da Pesqueira na Quinta de Cidrô, filho de uma família de proprietários durienses da nobreza regional ligada à Corte e à diplomacia, Luís Pinto de Soveral viria a ser o diplomata mais famoso de Portugal e, como tal, ainda hoje é lembrado em Inglaterra. Tendo frequentado no Porto a Academia Politécnica, matriculou-se na Escola Naval em Lisboa na Companhia dos Guardas Marinha, mas tudo leva a crer que a sua formação de marinheiro foi feita na armada britânica. Doutorou-se depois em Lovaina em Ciências Políticas, iniciando logo a seguir a carreira diplomática, tendo passado pelas legações de Berlim e Madrid, até se fixar em Londres, onde se empenhou na resolução da difícil situação das relações luso-britânicas logo após o Ultimatum, que culminaram no 2º Tratado de Windsor de 1899. Conheceu e conviveu com todos os reis e imperadores da Europa, incluindo o Papa e o Presidente da República Francesa e, como Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo português, teve um importante papel nas relações de Portugal com as potências europeias e com as respetivas colónias africanas.Nos anos oitenta fez parte de "Os Vencidos da Vida", o grupo jantante de intelectuais que acreditava que Portugal se poderia modernizar e colocar ao nível da Europa de então, do qual faziam parte Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, entre outros, os quais consideravam o próprio Rei D. Carlos confrade suplente do grupo.A 21 de Fevereiro de 1902, sendo Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima, Par do Reino, Ministro e Secretário de Estado Honorário, foi designado Conselheiro de Estado (Diário do Governo, n.º 43, 23 de Fevereiro de 1901).Durante a sua estadia em Inglaterra tornou-se íntimo do Rei Eduardo VII e das mais importantes personalidades da sua corte. A Rainha Victória condecorou-o e a Rainha Alexandra tinha por ele um enorme apreço. Dele se contam várias histórias cujas peripécias, por inusitadas, entre a ousadia e o charme, acabaram por originar o adjetivo soveralesco. Porém, na realidade, quase só se conhece a sua vida pública, pois, já depois de retirado, recusou um generoso pagamento de um jornal americano para escrever as suas memórias. Tendo-se demitido do seu cargo após a implantação da República, passou a ser uma espécie de conselheiro de D. Manuel II no exílio, partilhando com ele o seu amor à pátria e a defesa dos interesses de Portugal no mundo.Como homem do Douro, onde foi proprietário e produtor de vinhos, participou oficialmente na defesa da denominação "Porto" a nível mundial, e jamais esqueceu a sua terra natal e os seus anseios.Grande português sem dúvida, acabou os seus dias em Paris em 1922, tendo a acompanhá-lo nos últimos momentos a Rainha D. Amélia, que por ele nutria grande estima desde os anos de dedicação ao serviço do Rei D. Carlos e de Portugal como diplomata, como ministro, como conselheiro, como amigo de todas as horas. Foi sepultado como um príncipe na cripta da igreja de Saint Piérre de Chaillot e, anos depois, quando esta sofreu grandes obras, foi transladado para jazigo particular no cemitério Père Lachaise.Fonte: Wikipédia