Discurso de Hilário de Carvalho na posse do assistente religioso da corporação, Padre António José Guimarães
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/AHBVF/A-A/001/0010/000002
Tipo de título
Atribuído
Título
Discurso de Hilário de Carvalho na posse do assistente religioso da corporação, Padre António José Guimarães
Datas de produção
1955-07-01
a
1955-07-01
Dimensão e suporte
4 f.; papel
Âmbito e conteúdo
Transcrição: «Não podia a direção desta casa ser indiferente a esta cerimónia da posse do assistente religioso do nosso corpo de bombeiros que o Sr. Comandante Soares, muito acertadamente, fez recair em Vossa Reverendíssima, sacerdote amigo da corporação, culto, inteligente, e que muito vem honrar o quadro dos sacerdotes que já desempenharam aqui missão igual àquela que neste momento lhe foi confiada. / Desde o cidadão tão prestante a esta terra - o saudoso e querido Monsenhor Torres Carneiro - que nós ainda todos choramos - que além de ter sido um dos nossos primeiros presidentes de direção, foi também o primeiro capelão da corporação, aos falecidos Reverendos Srs. Dr. Marques Pinto, Padre Bernardo da Costa Pinto e Abade José Ferreira… este ainda vivo, felizmente, e que por pastorear agora a nossa Vila de Aves teve que deixar vago o seu cargo… todos prestaram a esta casa os serviços que ela precisou dentro da missão que lhes cabia…[…]. / Esta casa criou um Nome que temos de manter não só pelos homens que a tem servido como, e muito principalmente, pelo seu real e indiscutível valor no meio das suas congéneres portuguesas. Os novos, e aqueles que se não ao cuidado de lerem a história desta casa ignoram os seus feitos e todas as suas iniciativas. Aqui nesta casa nasceram as mais lembradas festas que Famalicão teve até hoje, as afamadas Festas Antoninas. Aqui se juntavam as senhoras e cavalheiros da boa sociedade de então (bem diversa da de hoje) para confecionarem os milhares de balõezitos que na Noite de Santo António iluminavam as ruas e praças da nossa terra. / Aqui se criou a afamada Bandas dos Bombeiros que a mão hábil do grande José Maria da Costa sabiamente dirigia e que tantos e tantos louros trouxe à nossa corporação e à nossa terra. / Manuel Pinto de Sousa - grande famalicense e grande jornalista - quis um dia fundar - e fundou um semanário. Sabem onde foi buscar o seu nome? Escolheu aquele que era o duma partitura posta em concurso num certame de Bandas Marciais e Regimentais realizado em Viana do Castelo - e que a Banda dos Bombeiros brilhantemente ganhou. A partitura chama-se Estrela do Minho. / E o Grupo dos 29 (Pró Famalicão), agrupamento musical de instrumentos de corda que o falecido Daniel Correia ensaiava e dirigia e que, em terras vizinhas, tanto honrou esta associação e esta Vila? / E os bandos precatórios realizados no Porto, pelos nossos bombeiros, a favor das vítimas do ciclone de Belavente, dos naufrágios na praia da Póvoa? / E a receção que esta associação fez ao Clube Naval Povoense na sua vinda a esta vila para agradecer o auxílio aos seus poveiros prestado por esta casa… que tão grande foi que ainda hoje este Clube não deixa passar um só dos nossos aniversários que não nos envie os seus cumprimentos? / E sabem os famalicenses, ainda, que o Infante D. Afonso foi comandante honorário da nossa corporação, e que El-Rei D. Carlos nos concedeu o título de Real Associação, título que ainda podemos usar se o desejarmos? / Os nossos arquivos têm correspondência do Grande Mouzinho de Albuquerque agradecendo-nos as honras que lhe prestamos na sua passagem por esta Vila - a nossa bandeira tem condecorações que a enobrecem. […]»
Condições de acesso
Comunicável, sem restrições legais.
Cota descritiva
AHBVF 10 - cx. 2depósito 3, estante 11
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Em regular estado de conservação. Documento datilografado.
Instrumentos de pesquisa
ODA