Artur Ernesto de Santa Cruz Magalhães
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/JAM/001/0293
Tipo de título
Atribuído
Título
Artur Ernesto de Santa Cruz Magalhães
Datas de produção
1906-12-13
a
1915-06-11
Dimensão e suporte
2 u.i.; papel.
História administrativa/biográfica/familiar
Artur Ernesto de Santa Cruz Magalhães (1864-1928) é o nome do fundador do Museu Rafael Bordalo Pinheiro, situado no Campo Grande, em Lisboa. Colecionador, poeta, panfletário, critico e humorista, Artur Ernesto Santa Cruz Magalhães participou ativamente nos movimentos e círculos intelectuais da sua época, frequentados por poetas, humoristas, pintores, políticos, foi autor de obras de cariz diverso, da literatura à poesia e à crítica.Casado duas vezes, sem descendência, dedicou a vida a causas políticas, sociais, culturais e filantrópicas, sendo olhado como um excêntrico. Sentimental em relação a aspetos simples da vida, tinha especial afeição aos animais, de que é exemplo a dedicação ao seu "fiel amigo Hermínio" um cão de raça Serra da Estrela.Uma situação financeira desafogada permitiu-lhe exercer a sua vocação filantrópica revelada pelas inúmeras doações a instituições de caridade, de que são exemplo a entrega das receitas provenientes das entradas no museu ao Asilo de S.João e à Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha e o legado ao Município de Lisboa [1924] de todo o acervo do Museu e da própria moradia que ainda atualmente o instala, - disposição mais tarde reafirmada no seu testamento - sem reter para si, ou para os seus herdeiros, qualquer contrapartida financeira.O interesse de Cruz Magalhães em torno da obra de Bordalo e a dedicação que colocou na sua divulgação, estimularam a tertúlia bordaliana, impulsionaram a realização de exposições temporárias temáticas, conduziram à reflexão sobre a obra e figura de Bordalo, envolvendo amigos, particulares e familiares do artista, que contribuíram decisivamente para a implantação do Monumento a Rafael Bordalo Pinheiro, no Jardim do Campo Grande [1921], para a concretização da atribuição da designação de Largo Rafael Bordalo Pinheiro ao antigo Largo da Abegoaria, onde o artista faleceu, bem como para o exponencial enriquecimento do espólio artístico e bibliográfico do Museu em resultado de importantes ofertas, legados e doações.Entre amigos pessoais e de tertúlia ligados ao círculo bordaliano contam-se Sebastião de Magalhães Lima, jornalista panfletário republicano; José Malhoa, autor de diversos retratos do escritor; António Carneiro, também autor de um retrato do escritor; Francisco Valença, caricaturista e admirador da obra bordaliana; Luís Xavier da Costa, investigador, crítico de arte e ensaísta; bem como Manuel Gustavo e Helena, filhos de Rafael Bordalo Pinheiro e que enriqueceram o acervo do museu com importantes doações.Fonte: Museu Bordalo Pinheiro.
Cota descritiva
JAM 1326, 1502
Idioma e escrita
Português
Instrumentos de pesquisa
ODA