Trindade Coelho

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Trindade Coelho

Detalhes do registo

Nível de descrição

Unidade de instalação   Unidade de instalação

Código de referência

PT/MVNF/AMAS/JAM/001/0192

Tipo de título

Atribuído

Título

Trindade Coelho

Datas de produção

1922-11-26  a  1922-11-26 

Dimensão e suporte

1 u.i.; papel

História administrativa/biográfica/familiar

José Francisco Trindade Coelho nasceu a 18 de junho de 1861, em Mogadouro, e suicidou-se a 9 de junho de 1908, em Lisboa. Órfão de mãe aos 6 anos, partiu com o pai para o Porto, onde fez os estudos liceais num colégio interno, e depois para Coimbra, onde frequentou o curso de Direito, colaborou em jornais e revistas e se casou, conhecendo grandes dificuldades financeiras. Após ter exercido a advocacia durante algum tempo, em 1886, graças ao empenho de Camilo junto do seu amigo Tomás Ribeiro, então ministro de Estado, foi nomeado delegado do procurador régio no Sabugal, transitando depois para Ovar e, em 1889, para Lisboa. Depois de uma passagem por África, regressou à capital e foi colocado em Sintra. Em 1895, foi finalmente nomeado juiz em Lisboa. Paralelamente à carreira jurídica, desenvolveu uma intensa atividade jornalística: fundou, ainda em Coimbra, Porta-Férrea e O Panorama Contemporâneo; em Portalegre, a Gazeta de Portalegre e o Comércio de Portalegre; em Lisboa, a Revista Nova; colaborou em muitos outros periódicos, como O Progressista, O Imparcial, Tirocínio, Beira e Douro, Jornal da Manhã, Portugal, Novidades e O Repórter. Publicou diversas obras didáticas (desde manuais pedagógicos, como o ABC do Povo, de 1901, adotado oficialmente nas escolas públicas, até ao guia de cidadania Manual Político do Cidadão Português, de 1905, entre muitos outros títulos). Em 1907, durante a ditadura de João Franco, foi exonerado do lugar de delegado do procurador régio. Esse dissabor, acrescido das desilusões com a Justiça acumuladas durante toda a vida e da doença nervosa de que padecia, levá-lo-ia ao suicídio, no ano seguinte.Celebrizou-se pelo livro de memórias In Illo Tempore (1902) e, sobretudo, pelo volume de contos rústicos Os Meus Amores (1891), eivado de saudosismo e de reminiscências da infância vivida em Trás-os-Montes, onde foi de encontro ao desejo neogarrettista de regresso às origens nacionais, expresso no artigo inaugural da Revista Nova, de 1893: "necessário é retemperar-nos nas camadas onde essas qualidades [fundamentais do nosso génio] mais perfeitamente se mantêm, indo às províncias do país buscar para os desfalecimentos do espírito a saúde e o vigor que para as enfermidades do corpo vamos pedir às brisas salgadas do mar e ao ar fortificante dos campos, mergulhando e realentando-nos nesse fecundo veio, que, depois de Garrett, ninguém mais soube sondar e seguir". Com esta obra singela, foi juntar-se ao grupo daqueles que, nas décadas finais do século XIX, cultivavam o conto rústico. Os seus contos evocam, com uma notável delicadeza de estilo e uma sedutora simplicidade, cenas da vida campestre, paisagens, pessoas e mesmo animais. Numa sucessão de obras - como Os Meus Amores, À Lareira, Abyssus-Abyssum, entre outras -, Trindade Coelho cultiva sempre o seu poder descritivo, dando especial relevo à natureza.Fonte: Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2015-06-08 11:56:28]. Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/$trindade-coelho

Condições de acesso

Comunicável, sem restrições legais.

Cota descritiva

JAM 1055

Idioma e escrita

Português

Instrumentos de pesquisa

ODA

Tipo u.i.