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Coleção Humberto Fonseca

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Coleção Humberto Fonseca

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/MVNF/CHF

Tipo de título

Atribuído

Título

Coleção Humberto Fonseca

Datas de produção

1897     

Dimensão e suporte

958 negativos de vidro; positivos.

Entidade detentora

Município de Vila Nova de Famalicão - Arquivo Municipal Alberto Sampaio

História administrativa/biográfica/familiar

Humberto de Pestana Vellosa Camacho da Fonseca, filho de Luisa Augusta Perestrelo de Pestana Vellosa Camacho (de família madeirense, descendente de Gonçalves Zarco) e de Avelino Cândido Pereira da Fonseca, que se dedicava ao comércio de têxteis no centro do Porto. Teve mais seis irmãos: Maria Avelina Camacho da Fonseca, Luisa Camacho da Fonseca, Rosa Branca Camacho da Fonseca e Alberto António e Júlia, que morreram no nascimento.Humberto da Fonseca nasceu a 5 de novembro de 1877, na freguesia da Lapa, em Lisboa, e passou os primeiros anos da sua vida com os avós. Sua avó Luisa Augusta era aia da rainha D. Amélia. Há fotografias dele aprendendo a andar a cavalo com o Príncipe D. Fernando, e velejando com o Príncipe D. Luís.Casou a 23 de junho de 1906, na cidade do Porto, com Beatriz do Rosário Ervina Cardoso, filha de mãe espanhola, natural de Alicante, e de João Cardoso Júnior, industrial.Foi João Cardoso Júnior que em 1865 comprou a Quinta do Chouso, em Lemente (V.N. Famalicão) com cerca de 60 hectares e uma casa em estilo abrasileirado, para onde transferiu a sua residência. Aos poucos foi comprando campos terrenos em volta, até formar uma extensa propriedade que chegava até ao Monte da Senhora do Carmo e a Nine.Humberto e Beatriz do Rosário tiveram dois filhos, Avelino Cardoso da Fonseca e Maria Beatriz Cardoso da Fonseca.Humberto trabalhava com o pai, ajudando-o nos seus negócios. Mas era um artista apaixonado pela fotografia, andando sempre com uma máquina, fotografando tudo o que o cercava, as pontes romanas, os campos, os caminhos e as pessoas de aldeia, os recantos pitorescos da Quinta, a azáfama das vindimas e das desfolhadas, os passeios pelo rio Leça, os picnics elegantes, as reuniões de família, os seus amigos, os barcos, Lemenhe, o Porto, Leça, Vila Nova Famalicão e arredores.Deixou cerca de duas mil fotografias que são o retrato de uma época. Ele revelava as fotografias num estúdio que montou na Quinta do Chouso, com aparelhos que mandou fazer. Foi fundador do Orfeão Portuense. Autodidata em música, tocava piano, guitarra e viola baixo. Foi uma das cem primeiras pessoas a ter carta de automóvel em PortugalFoi marinheiro, chegando a ser campeão nacional de motonáutica na década de 20, com um barco que se chamava Kitu. Ao longo dos anos, nas suas horas de lazer, construiu uma coleção completíssima de barcos em miniatura, à escala, que ele próprio fotografou. A pedido, fez no Palácio de Cristal duas exposições desta coleção de barcos, que deixou para o seu neto Humberto Ramalho Cardoso da Fonseca.Como era monárquico, foi perseguido nos tempos agitados da implantação da República em Portugal. Por isso deixou o Porto e refugiou-se na Casa da Cotovia, em Lemenhe, desenhada e construída por ele próprio com alguns operários. Só anos mais tarde, quando os sogros faleceram, é que passou a viver com a família na Quinta do Chouso, onde morreu a 21 de março de 1940, com pneumonia, estando enterrado no cemitério da Lapa, no Porto.Fonte: Humberto Fonseca. C.M.V.N. Famalicão, 1998. ISBN: 972-9152-49-7.

História custodial e arquivística

A coleção de fotografia foi doada por Fernando Fonseca, neto de Humberto Fonseca, ao município de V.N. Famalicão. A coleção possui cerca de 958 chapas de vidro.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Doação.

Âmbito e conteúdo

Coleção de negativos de vidro e positivos.

Sistema de organização

Esta coleção está digital no sistema GEAD que pode ser consultada internamente no Arquivo Municipal.