Anselmo José Braamcamp
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/ACP/13ª GERAÇÃO-A/001/0001
Tipo de título
Atribuído
Título
Anselmo José Braamcamp
Datas de produção
1862
a
1885
Dimensão e suporte
1 doc.; papel.
História administrativa/biográfica/familiar
Anselmo José Braamcamp de Almeida Castelo Branco (São Mamede, Lisboa, 23 de outubro de 1817- Mercês, Lisboa, 13 de Novembro de 1885) foi um político português do tempo da Monarquia Constitucional. Líder do Partido Histórico, mais tarde redesignado Partido Progressista, foi também ministro do Interior e das Finanças e, entre 1879 e 1880, chefe de Governo.Filho de Maria Inácia Braamcamp de Almeida Castelo-Branco e de Anselmo José Braamcamp de Almeida Castelo-Branco.Cavaleiro da Casa Real; Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (1820); Deputado às Cortes Constituintes de 1821; Conselheiro de Estado (1822) e de D. Maria Inácia Braamcamp de Almeida Castelo Branco (1788-1829), penúltimo na ordem de nascimento, de cinco filhos, sendo batizado em oratório privado da casa de seus pais, em 14 de Novembro.Braamcamp, advogado e maçon, era um firme apoiante do Partido Histórico, tendo sido eleito, pela primeira vez, em 1851, deputado da Nação às Cortes (a designação do Parlamento português sob a Monarquia Constitucional). Contra as propostas políticas alternativas a favor do iberismo em Portugal, foi criada em 1861 a Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640, reunindo entre outros o próprio José Braamcamp, que se uniu imediatamente a ela pelo seu ideal de raiz patriótica.A sua primeira experiência governativa foi a passagem pelo ministério do Interior (à data designado ministério do Reino), entre 1862 e 1864, no segundo governo do Duque de Loulé, então líder do Partido Histórico. Entre 1869 e 1870, foi ministro das Finanças (ou dos Negócios da Fazenda, como então era uso dizer-se), no terceiro governo de Loulé.Entre 1871 e 1877, com o Partido Regenerador, de cariz conservador, no Poder (primeiro governo de Fontes Pereira de Melo), os históricos viram-se na oposição. Após a morte de Loulé, em 1875, Braamcamp assumiu a liderança do partido e da oposição ao governo de Fontes.No ano seguinte faleceu também o Marquês de Sá da Bandeira, originariamente também ele um líder dos históricos; todavia, havia entrado em discórdia com as políticas de Loulé e fundara, com alguns apoiantes, o seu próprio partido - o Partido Reformista. No entanto, sem o seu líder, os reformistas desnortearam-se. Um dos grandes méritos de Braamcamp foi conseguir reconciliar novamente históricos e reformistas. Desta forma, Braamcamp conseguira unir todas as duas maiores forças da oposição contra o governo de Fontes Pereira de Melo, e viu aumentarem grandemente as suas hipóteses de pôr termo a um dos mais longos períodos de governação dos regeneradores.Em 29 de Maio de 1879, na sequência de um escândalo financeiro envolvendo o ministro da Fazenda António de Serpa Pimentel com o Banco Nacional Ultramarino, o segundo governo de Fontes Pereira de Melo caiu. A 1 de Junho, o rei D. Luís designou Braamcamp como presidente do Conselho. O seu governo, no entanto, seria de curta duração. Tal ficou essencialmente a dever-se ao facto de Fontes não se ter conformado com a perda do Poder; como tivesse proposto uma moção de desconfiança no Parlamento, o ministério progressista acabou por cair. Braamcamp voltou de novo à oposição, tendo falecido antes de voltar a colocar o seu partido no Poder. O seu sucessor à frente do Partido Progressista foi José Luciano de Castro, o qual, um ano após a morte de Braamcamp (1885), levou de novo os progressistas ao poder.Fonte: Wikipédia.(Tio de Amália 2ª Viscondessa de Pindela).