João Afonso Simão Pinheiro Lobo de Figueira Machado

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João Afonso Simão Pinheiro Lobo de Figueira Machado

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subsecção   Subsecção

Código de referência

PT/MVNF/AMAS/ACP/15ª GERAÇÃO-A

Tipo de título

Atribuído

Título

João Afonso Simão Pinheiro Lobo de Figueira Machado

Datas de produção

1815  a  1944-07-22 

Produtor descritivo

João Afonso Simão Pinheiro Lobo de Figueira Machado

História administrativa/biográfica/familiar

João Afonso Simão Pinheiro Lobo de Figueira Machado foi o 14º representante do Morgadio e o 3º Visconde de Pindela (por autorização d'El-Rei D. Manuel II enviada do exílio).Por testamento, seu pai, destinou-lhe metade da sua herança, casa e quinta de Pindela e terras arrendadas (S. Gens da Agra, Bouça, Soutelo, Godinho) e o jazigo no cemitério de S. Tiago da Cruz. No documento sobre as partilhas (CP 13757?) evoca razões de índole familiar, ou seja a propriedade ser o esteio principal da família, e apesar da legislação em vigor, na época, em que todos os filhos herdam de igual forma, cedeu metade da herança.Comprou um campo denominado Reais, em venda judicial, confinante com Pindela e antiga pertença da Quinta da Costa (Mouquim) (CP 13.663?)Todos os mencionados aspetos da sua curta vida estão bem refletidos em vários dossiers e correspondência guardados no Arquivo, mormente quando se trata da sua vida de civil combatente pela sua Causa.A propriedade de Pindela esteve em risco com uma questão que envolvia responsabilidades cambiárias com a Caixa Geral de Depósitos. João Afonso Pinheiro criou esta situação para auxiliar uma crise financeira a Federação dos Sindicatos Agrícolas. Foi a viúva, Margarida Helena, que salvou o património da família, vendendo moveis e madeira da mata, e com a herança de seu pai João Cardoso, pagou os múltiplos créditos à Caixa Geral de Depósitos. Também foi vendida a coleção de armas do 2º Visconde de Pindela, alienadas ao estado, que hoje se encontram em exposição no Paço dos Duques em Guimarães.A quinta de Pindela deve-lhe o reordenamento da mata, onde criou viveiros, orientando o plantio de espécies raras que passaram a constituir a moldura natural da Casa. Dividiu a mata por zonas, dotou-as de arruamentos, com as espécies Pinus silvestrris, bétula alba, pseudotesugas, Cupressus lusitanicus, carvalhos do norte, Píceas, Pinus strobus, caemancyparis, etc.Nesta época, em Pindela, não existia eletricidade, telefone, nem um carro.

Estrutura interna/genealogia

João Afonso Pinheiro nasceu em Berlim em 24 de Novembro de 1894 e faleceu em Lisboa, onde adoeceu subitamente, em casa da sua prima a Duquesa de Palmela, em 11 de janeiro de 1938.Filho de Vicente Pinheiro Lobo Machado de Melo e Almada, 2º Visconde de Pindela (23 de abril de 1853 -14 de abril de 1922) e de Maria Amália de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos (28 de dezembro de 1855-14 de abril de 1918).Casou-se a 16 de agosto de 1923, na Capela da Casa de Mateus, Vila Real, com Margarida Helena Cardoso de Meneses (nasceu na Casa da Veiga, Guimarães 13.02.1902-24.04.1981), filha dos Condes de Margaride (João Cardoso de Macedo Martins de Meneses (14.08.1869-16.01.1941) e de Helena Madalena de Sottomaior Felgueiras e Sousa (19.11.1871-05.05.1963).João e Margarida tiveram dois filhos: Maria Amália Helena da Assunção Pinheiro Lobo de Figueira Machado (25-07-1924, na Casa de Pindela. Sem descendentes); Vicente Maria Miguel Bernardo Pinheiro Lobo de Figueira Machado, 4º Visconde de Pindela (07.10.1925-2018. Casou 04.07.1959 com Ana Isabel Maria Bacelar de Queirós Nazareth de Sousa, 27.01.1929).Margarida Helena Cardoso Martins de Meneses, mulher do 3º Visconde, ficou com uma relação de parentesco com Júlia Leonor Pinheiro Machado de cunhada (porque casou com o irmão de Júlia) e de sobrinha porque Júlia casou com o seu tio paterno.Com onze anos entrou para o Real Colégio Militar sonhando com a Marinha de Guerra (sonho desfeito com o fim da Monarquia porque nunca aderiu à República). Em maio de 1915, interveio ao lado das forças do General Pimenta da Gama na revolução promovida pelos Democráticos. Em 1919, esteve na restauração da Monarquia do Norte, aderiu ao movimento liderado por Paiva Couceiro, sendo membro do Batalhão dos Cadetes d'El-Rei., da qual resultou a sua prisão.Licenciou-se no Instituto Superior de Agronomia nos cursos de Agronomia e Silvicultura. Exerceu funções superiores na Circunscrição Florestal do Norte e na Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes.Dedicou-se à agricultura, área da sua formação académica, tendo feito parte da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e contribuído, na qualidade de Engenheiro-Chefe dos Serviços Florestais - 1a Circunscrição Florestal, para a arborização das serras do Marão, Gerês e Padrela.Depois de abril 1922, recebeu uma missiva de D. Manuel, no exílio, pelo Conde de Sabugosa, que lhe transmitiu que continuasse a usar o título de Visconde de Pindela.