João Machado Pinheiro Correia de Melo

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

João Machado Pinheiro Correia de Melo

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subsecção   Subsecção

Código de referência

PT/MVNF/AMAS/ACP/13ª GERAÇÃO-1.1

Tipo de título

Atribuído

Título

João Machado Pinheiro Correia de Melo

Datas de produção

1800  a  1891 

Produtor descritivo

João Machado Pinheiro Correia de Melo, 13ª Geração.

História administrativa/biográfica/familiar

João Machado Pinheiro Correia de Melo foi o 12º Morgado de Pindela e o 1º Visconde de Pindela.Casou com 17 anos, em 8 janeiro de 1841, como se pode ler na escritura e dote do casamento (CP 13132), em S Tiago de Gavião, com Maria do Carmo Cardoso de Meneses Barreto. Filha do Sargento-mor de Guimarães, Fortunato Cardoso de Meneses Barreto e de Maria Rita Macedo. São os senhores do Morgadio de Nespereira, em Santa Eulália de Nespereira, em Guimarães. Como em 1863 se decretou a extinção dos morgadios, João Machado Pinheiro foi perdendo este potencial. Teve que vender quintas de Basto e bens dos Guerras para pagar uma dívida que tinha à Santa Casa da Misericórdia, restando a Casa de Pindela e as casas em Braga e Guimarães, que também se perderão mais tarde.Não obstante a sua preenchida vida política e social, o Arquivo não conserva praticamente carta alguma do 1º Visconde de Pindela. O mais provável é ter sido o próprio a destruí-las, com exceção de algumas, dirigidas à família mais próxima (mulher, filhos e netos). Uns anos antes de falecer, chamou os filhos, obtendo o acordo de todos para que Pindela continuasse na propriedade exclusiva do seu filho primogénito (do segundo casamento) Vicente Pinheiro, na escritura lavrada a 30 de dezembro de 1885, em que reserva para si o usufruto da propriedade de Pindela (não está no ACP, na posse da família).

Estrutura interna/genealogia

João Machado Pinheiro Correia de Melo nasceu a 8 de janeiro de 1824. Faleceu a 9 de maio de 1891. Filho de Vicente Machado Pinheiro de Melo e de Carlota Carolina Correia Leite de Almada de Moraes e Castro.Foi o 12.º Senhor do Morgado de Pindela e 8.º padroeiro do Mosteiro de Nossa Senhora de Arnoso, 6.º Senhor do Morgado de Guerras, em Guimarães, Senhor da Casa de Refalcão, em Cabeceiras de Basto, Fidalgo da Casa Real, pertencente ao Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, El-Rei D. Pedro V de Portugal, que o agraciou com o título de Visconde de Pindela, por decreto de 31 de Janeiro de 1854, ainda com a chancela do regente D. Fernando, sendo entregue quando da visita de D. Maria II a Guimarães, então elevada à categoria de cidade, com o título de Visconde de Pindela - decreto de 31 de Janeiro de 1854, já na Regência de D. Fernando II.Casou, em 17 de janeiro de 1839, com Maria do Carmo Cardoso de Meneses Barreto. Filha do Sargento-mor de Guimarães, Fortunato Cardoso de Meneses Barreto e de Maria Rita Macedo. São os senhores do Morgadio de Nespereira, em Santa Eulália de Nespereira, em Guimarães. Em 1865, com o casamento da filha de Maria do Carmo e João Machado Pinheiro Correia de Melo, de nome Maria Amélia do Carmo, que casou com Gaspar Lobo de Sousa Machado e Couros, ocupam o Paço de Nespereira. Gaspar Lobo de Sousa Machado e Couros recebe do rei D. Luís, em 1886, o título de 1.º visconde de Paço de Nespereira. Daqui descende a família Cardoso de Menezes Lobo Machado, o ramo dos primos Viscondes do Paço de Nespereira.Casou com Eulália Estelita de Freitas Rangel de Quadros, em 19 de janeiro de 1853 (2º casamento), neste casamento continuou a Casa de Pindela. Nasceu a 26 de outubro de 1827 e faleceu a 19 de janeiro de 1920. Tiveram 3 filhos: Vicente Pinheiro Lobo Machado de Melo e Almada, 2º Visconde de Pindela, nasceu 23 de abril de 1853 e faleceu a 14 de abril de 1922; Grácia da Assunção Pinheiro de Melo, nasceu a 24 de maio de 1854, não casou e faleceu a 21 de julho de 1892; Bernardo Pinheiro Correia de Melo, 1º Conde de Arnoso, nasceu a 27 de maio de 1855 e faleceu a 21 de maio de 1911.Na juventude participou na guerrilha miguelista de McDonell e exilou-se depois em Inglaterra. De regresso a Portugal envolveu-se na vida boémia romântica do Porto. Aí colaborou no Periódico dos Pobres (1849 "questões das Rosas branca e encarnada"), Miscelânea Poética (5 poesias em 1851; e duas em 1852), na Gazeta de Portugal e em diversas outras publicações. Escreveu Passeios na Póvoa, em 1850, de parceria com João de Azevedo e António Pereira da Cunha, e em 1854, uma peça de teatro (drama em três atos) intitulada Uma Vingança.Exerceu os cargos de Presidente das Câmaras Municipais de Guimarães (1852-1853, 1858-1859, 1860-1861) e de Braga (1876-1879) e ainda o de Governador Civil dos distritos de Braga (1866-1868, 1879-1881, 1886-1888) e de Viana do Castelo (1869-1870). Na década de 60, foi eleito deputado do Partido Regenerador pelo círculo uninominal de Guimarães (1860, 1865). Desvinculado do Partido Regenerador, em 1871, acabou por abraçar causa progressista, em 1876, tornando-se num influente militante local do partido. Foi membro da Comissão Executiva do Centro Progressista de Braga. Na cidade de Braga, foi Prior da Venerável Ordem de S. Domingos, Presidente de Assembleias Gerais da Companhia do Gaz, do Teatro S. Geraldo, do Real Santuário do Bom Jesus, do Asilo de MendicidadePertenceu, em 1866 ao Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, detendo o foro de Fidalgo da Casa Real, grau de Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. A monarquia espanhola agraciou-o com a mercê de Cavaleiro Grã-Cruz da Real Ordem de Isabel a Católica, em 1872.Viveu em Braga, na rua que tem agora a sua designação Visconde de Pindela, em sua casa fizeram-se saraus literários, muito frequentados, onde Eulália Estelita e sua irmã Ana Elvira de Freitas se destacaram.Dos seus filhos, dois se destacaram: Vicente Pinheiro Lobo Machado de Melo e Almada (1852-1922) e seu irmão Bernardo Pinheiro Correia de Melo, 1.º Conde de Arnoso (1855-1911).