Veríssimo Pinheiro Lobo

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Veríssimo Pinheiro Lobo

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subsecção   Subsecção

Código de referência

PT/MVNF/AMAS/ACP/08ª GERAÇÃO-1.1

Tipo de título

Atribuído

Título

Veríssimo Pinheiro Lobo

Datas de produção

1701-02-27  a  1701-02-27 

Produtor descritivo

Veríssimo Pinheiro Lobo, 8ª Geração.

História administrativa/biográfica/familiar

Veríssimo Pinheiro Lobo foi o 7º Morgado de Pindela. Em criança assumiu, por direito sucessório, a administração do Morgadio de Pindela. O seu tutor foi o avô António Machado da Guerra, casado com a sua avó paterna Ana Fagundes de Mendanha. Surge a grande crise no vínculo quando Manuel de Vasconcelos e Sousa, casado com uma parente da casa, Isabel de Sousa e Lima de Brito Coutinho e Figueira, surge a reclamar os direitos hereditários, justificando pela condição bastarda de Veríssimo Pinheiro Lobo.A tomada de Pindela está amplamente documentada: começou por ser um ato de força em que cerca de 30 homens armados se apossaram da casa por assalto e expulsaram os membros da família. Assim procederam também em relação ao padroado de Arnoso. Seguiu-se a demanda judicial, ao longo de mais de duas décadas. A demanda terminaria em 1699, com inteiro sucesso para Veríssimo Pinheiro Lobo, inclusive com direito a ser indemnizado (não há documentos desta época relativos à administração). De 1679 a 1699, foi Manuel de Vasconcelos e Sousa que administrou Pindela e Arnoso.O estigma da bastardia atingiu novamente agora com o 7º Morgado, quando a sua prima (descendente de Afonso Pinheiro, irmão de Luís de Carvalho, o instituidor do vínculo) Isabel de Sousa e Lima de Brito Coutinho e Figueira, casada com Manuel de Vasconcelos e Sousa vieram solicitar a posse de Pindela. Logo após a morte de Baltasar Pinheiro Lobo, Manuel de Vasconcelos e Sousa, junto do Juiz Ordinário de Barcelos, pede para que fossem declarados os seus direitos, por via do parentesco da sua mulher, sobre Pindela e os demais prazos da família. O magistrado não autorizou, mas Manuel de Vasconcelos e Sousa com o seu procurador, o padre Bento de Barros, em agosto de 1679, deu ordens para enviar um grupo de cerca de 30 homens a Pindela e reclamar a posse das propriedades. Conseguiu a posse e expulsou Veríssimo Pinheiro Lobo, ainda criança e António Machado da Guerra, pela força das armas. Tomou posse também do padroado de Arnoso. O tutor de Veríssimo Pinheiro Lobo passou a ser o advogado Domingos de Araújo de Vasconcelos, que conduziu o processo de tornar ilegítimo a posse do morgadio por Manuel de Vasconcelos e Sousa. Esta questão só foi resolvida pelo acórdão da Casa da Suplicação, proferido em Lisboa em 1699 (CP 13013), tendo já 22 anos Veríssimo Pinheiro Lobo, em que reconhecem os seus direitos sobre Pindela.Há referências ao estado lastimoso em que se encontrava Pindela.Antes de morrer, o 7º Morgado cedeu a sua titularidade (reservando para si o usufruto) ao seu tio paterno João Machado Fagundes da Guerra Pinheiro e Figueira.

Estrutura interna/genealogia

Veríssimo Pinheiro Lobo nasceu a 17 de fevereiro de 1677 em Sezures. Filho natural de Baltasar Pinheiro Lobo e de Isabel Monteiro (?-1693), da freguesia de S. Mamede de Sezures. Ficou órfão aos dois anos e o seu avô paterno António Machado da Guerra ficou seu tutor. Nessa altura já era viúvo, e a criança veio viver para a Casa de Pindela.O estigma da bastardia atingiu novamente agora com o 7º Morgado, quando a sua prima (descendente de Afonso Pinheiro, irmão de Luís de Carvalho, o instituidor do vínculo) Isabel de Sousa e Lima de Brito Coutinho e Figueira, casada com Manuel de Vasconcelos e Sousa vieram solicitar a posse de Pindela.No Inverno de 1679, morreu António Machado da Guerra, na Casa do Passadiço em Braga. O tutor de Veríssimo Pinheiro Lobo passou a ser o advogado Domingos de Araújo de Vasconcelos, que conduziu o processo de tornar ilegítimo a posse do morgadio por Manuel de Vasconcelos e Sousa, sendo a questão resolvida em 1699, tendo já 22 anos Veríssimo Pinheiro Lobo.Veríssimo Pinheiro viria a morrer, a 27 de maio de 1702, com 25 anos, de forma súbita, segundo alguns documentos, vítima de "peçonha", que lhe ministrou um seu filho natural chamado Veríssimo Machado.